Aumenta casos de doenças gastrointestinais

TopMidia News – Na última quarta-feira (11), em reunião com a imprensa, a secretária da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Rosana Leite, apresentou dados sobre o expressivo aumento de casos de doenças gastrointestinais, que mostra um crescimento de 157% em comparação ao ano passado. Durante a reunião, a secretária explicou sobre os números de pacientes atendidos pelas unidades, o aumento no número de casos, sobre o aumento do efetivo, além de falar sobre as superlotações nas unidades de saúde de Campo Grande, que é resultado das doenças causadas devido à mudança de clima, causada pelo aquecimento global. 

De acordo com o relatório da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), de janeiro até o dia 11 de setembro de 2024, Campo Grande registrou um aumento de 157% em casos de doenças gastrointestinais na última semana (de 01/09 a 07/09) os casos subiram 157% na comparação com o mesmo período do ano passado, saltando de 1.207 em 2023 para 3.107 casos em 2024.

“Essas doenças virais tem trazido e emergido novas patologias. Como estamos nos preparado: no ano passado fizemos um anual sobre altas temperaturas, orientando toda a população, orientando principalmente os idosos e crianças, a usar roupas leves, uma maior hidratação e maiores cuidados a imunidade”, relata a secretária.

Ainda durante apresentação dos dados, a secretária reforçou sobre o aumento em comparação de 2023 com 2024, apresentando dados de que a Capital teve um aumento de mais de 18 mil de doenças gastrointestinais. O número de casos, registrados de janeiro a setembro, foi de 49.997 em 2023, para 68.040 casos em 2024. 

Além do alto número de registro de pacientes infectados com a SRAG, a Sesau destaca o aumento no número de atendimentos nas unidades de Campo Grande. De acordo com os dados da secretaria, somente na segunda-feira (09/09), os atendimentos chegaram a 5.7 mil pacientes, quando a média fica entre 2.5 mil a 3 mil atendimentos por dia, ou seja, os números de atendimento quase que dobraram devido ao aumento de casos de doenças gastrointestinais.
 
Além dos dados, a secretária esclarece sobre as superlotações das Upas (Unidade de Pronto Atendimento) e unidades de saúde em toda a Capital. De acordo com Rosana Leite, as superlotações se dão pelo fato de alguns pacientes procurarem o atendimento no local errado, o que acaba aumentando o tempo de espera nas Upas. 

“A USF faz parte da rede de urgência e baixa complexidade, o paciente que está com dor leve, náusea, ele vai até a USF e é atendido. Já na UPA temos a classificação de risco, dividida em 5 tipos de pacientes, sendo Vermelho (para atendimento imediato), laranja (que pode esperar até 10 minutos), amarelo (que pode esperar até 30 minutos), verde (que é o pouco urgente e pode esperar até 4 horas) e o azul (que pode ter um tempo de espera de até 6 horas). Quem está classificado como verde ou azul deveria estar na USF, onde é o atendimento de baixa complexidade. Esses pacientes que não são graves, quando procuram as Upas, acabam lotando as unidades e afogando o atendimento. Então, o que a secretaria e o Ministério analisam, é que as lotações se dão pelos pacientes que acabam indo na unidade errada e afogando o local de emergência.”

Com a superlotação das unidades, a secretária Rosana Leite ainda reforça sobre como o paciente pode identificar o sintoma que precisa de atenção. Em casos leves, a recomendação é tomar medicamentos sintomáticos, como a dipirona. Além disso, a secretária reforça que a Sesau já possui um plano de contingência, no caso de um surto da doença. 

“Geralmente com esses remédios sintomáticos (dipirona), em dois ou três dias o caso melhora, essa recomendação é feita apenas parta adultos, com saúde e imunidade boas. No caso de crianças e idosos o caso é mais complicado e a atenção deve ser redobrada. Nós já temos um plano de contingência, a secretaria está preparada e abastecida com medicamentos para atender a todos os pacientes. Todas as unidades continuam atendendo, mas, caso a Sesau precise, o plano de contingência será colocado em prática.”

Outro ponto destacado pela secretária, foi sobre a mudança climática, que provoca o acúmulo de gases poluentes na atmosfera, gerando novas doenças e complicações respiratórias, principalmente em idosos e crianças.  

“A mudança climática, causada pelo aquecimento global em todo o planeta, aumentou em todo o planeta cerca de 1 ou 2 graus, e isso provoca o acumulo de gases na atmosfera. Nós, aqui em Mato Grosso do Sul, temos a questão da pecuária e do desmatamento e isso provoca o aumento desses gases, isso podemos observar no nascer e ao por do sol, essa cor linda vermelha é um indicativo de um ar mais poluído. Essa poluição prejudica nossa respiração, de principalmente pessoas que tem renite, alergias, prejudicando essas doenças.”

Ainda de acordo com a secretária, essas doenças são virias e podem se prevenidas por meio de cuidados básicos. 

“Essa doença é viral e pode ser prevenida, precisamos nos preocupar com crianças e com idosos que tiveram uma infecção viral, ela pode evoluir a uma infecção bacteriana. Não só a Sesau, mas também o Ministério da Saúde reforça esses cuidados. Essas doenças virais tem trazido e emergido novas patologias. Como estamos nos preparado: no ano passado fizemos um anual sobre altas temperaturas, orientando toda a população, orientando principalmente os idosos e crianças, a usar roupas leves, uma maior hidratação e maiores cuidados a imunidade”, finaliza.

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