VÍDEO – Equipes localizam destroços do submarino Titan

A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira (18) novas imagens do momento da descoberta dos restos do submarino Titan, que implodiu no ano passado durante expedição aos destroços do Titanic.

O vídeo, gravado por um veículo não tripulado das equipes de busca, foi revelado no contexto das audiências da Guarda Costeira para complementar um inquérito do órgão americano sobre a implosão, que ainda não foi concluído. As audiências sobre o caso serão retomadas nesta quinta (19) e vão até o final da próxima semana

As imagens foram feitas em 22 de junho de 2023, quatro dias após o desaparecimento do Titan, e confirmaram a morte dos cinco passageiros do veículo, segundo a investigação da Guarda Costeira.

Nas imagens é possível ver a cauda do submarino, que se preservou parcialmente após a implosão, no solo do Oceano Atlântico Norte, a uma profundidade de quase 3.800 metros. (Veja no vídeo acima)

“No dia 22 de junho de 2023, às 10h50 (horário local), o veículo operado remotamente (ROV) Pelagic Research Services 6000, que estava em busca desde sua chegada ao local do incidente, descobriu o cone de cauda traseiro e outros destroços do Titan no fundo do mar após uma extensa busca. Essa descoberta levou à conclusão definitiva da perda catastrófica do submersível Titan e à morte de todos os cinco tripulantes a bordo”, afirmou relatório da investigação.

Após as audiências sobre a implosão, a Guarda Costeira enviará um relatório com a conclusão das investigações e uma série de recomendações ao governo dos EUA.

O submarino Titan, que pertencia à empresa OceanGate, desapareceu no dia 18 de junho de 2023 em meio a uma expedição aos destroços do navio Titanic. Havia 5 pessoas no veículo, o então diretor-executivo da OceanGate, Richard Stockton Rush III, um copiloto e três bilionários. Segundo a investigação, o veículo implodiu a cerca de 3.350 metros de profundidade por conta da pressão da água e todos os passageiros morreram.

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Submersível Titan, em foto sem data — Foto: OceanGate Expeditions/Divulgação via REUTERS
Submersível Titan, em foto sem data — Foto: OceanGate Expeditions/Divulgação via REUTERS

“Está tudo bem aqui”.

Esta foi última frase enviada pelos tripulantes do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição no fundo do mar para visitar os restos do Titanic, no ano passado, segundo revelou nesta segunda-feira (16) a Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Responsável pela principal investigação do caso, até hoje não concluída, a Guarda Costeira abriu nesta segunda uma semana de audiências públicas para revelar detalhes do que já foi descoberto. Durante a sessão desta segunda, autoridades da instituição revelaram que o Titan nunca foi revisado por técnicos de fora da empresa que criou o submarino, a OceanGate.

A Guarda Costeira afirmou também que, antes de submergir na expedição que terminou em sua implosão, o Titan foi “exposto a condições climáticas e outros elementos” por meses, durante seu armazenamento, o que pode ter deteriorado seu casco.

A última palavras reveladas na audiência foram enviadas pelo comandante do Titan por meio de um sistema de comunicação do entre o submarino e o centro de comando, em um navio em alto-mar. Logo após o envio, as comunicações com o submarino foram perdidas, disse também a Guarda Costeira nesta segunda.

Dias depois, as equipes de buscas encontraram destroços do Titan a 3.600 metros abaixo da superfície e afirmaram que o submarino havia implodido. A bordo, estavam cinco pessoas, entre o presidente da OceanGate, bilionários e um pesquisador.

Até hoje, ainda há dúvidas sobre se os tripulantes tomaram conhecimento de que havia algo de errado ou não no submarino. Durante os trabalhos de buscas, sondas registraram ruídos repetidos que as equipes suspeitaram que poderiam ser batidas de dentro do Titan com pedido de ajuda.

Essa hipótese, no entanto, nunca foi comprovada, e investigadores afirmaram que o mais provável é que as falhas não tenham sido notadas antes da implosão.

“Não há palavras para aliviar a perda sofrida pelas famílias impactadas por este trágico incidente, mas esperamos que esta audiência ajude a lançar luz sobre a causa da tragédia e evitar que algo assim aconteça novamente”, disse o diretor de investigações da Guarda Costeira dos EUA, Jason Neubauer, que liderou a audiência.

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