Vão a júri acusados de matar ‘playboy’

Começa nesta segunda-feira (16), e deve durar cerca de quatro dias, o segundo julgamento da Operação Omertà, no Tribunal do Júri, em Campo Grande. Dessa vez, quatro acusados, entre eles o empresário Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, serão julgados pela morte de Marcel Colombo, conhecido como “Playboy da Mansão”.

Estarão presentes no plenário, os ex-guardas municipais Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira, e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis. Jamilzinho participará do julgamento de forma virtual, diretamente da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

De acordo com o inquérito, Jamil, Marcelo e Everaldo respondem por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, e tentativa de homicídio contra Thiago do Nascimento Bento, amigo de Marcel, que foi baleado no dia do crime. Rafael, o ex-guarda municipal, é acusado de porte ilegal de arma de fogo.

Cada parte terá direito a até cinco testemunhas, com horários agendados para depoimentos. Os jurados escalados serão hospedados em hotéis durante a semana do julgamento, sem contato com o público, para garantir a imparcialidade.

O júri popular está previsto para durar quatro dias, com um dia extra reservado para imprevistos, segundo o juiz.

Entenda o caso

Marcel foi morto em outubro de 2018. — Foto: Redes Sociais
Marcel foi morto em outubro de 2018. — Foto: Redes Sociais

O empresário de Mato Grosso do Sul, Marcel Costa Hernandes Colombo, de 31 anos, foi executado no início da madrugada do dia 18 de outubro de 2018, em um bar de Campo Grande. Ele era conhecido como ‘playboy da mansão’, em referência à casa onde morava e em dezembro de 2017 havia sido preso pela Polícia Federal (PF) por importação ilegal de mercadorias .

Marcel Colombo era conhecido por ostentar vida de luxo nas redes sociais. Na data da prisão, a Polícia Federal (PF) apreendeu na casa dele dinheiro – dólares e reais -, moeda falsa, relógios, soco inglês, mercadorias que seriam vendidas e medicamentos importados.

Câmeras de segurança registraram o momento em que os assassinos chegam de moto e atiram pelas costas da vítima. O motivo da execução seria um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho, ocorrido dois anos antes em uma boate na capital, quando Jamil teria prometido vingança.

Operação Omertà

O primeiro julgamento da Omertà condenou o empresário Jamil Name Filho, a 23 anos e seis meses de prisão e ao pagamento de 60 dias multa pela morte do estudante de direito Matheus Coutinho Xavier, em abril de 2019 e por posse ilegal de arma de fogo, o fuzil utilizado no crime. O julgamento durou três dias, um dos mais longos da história de Mato Grosso do Sul, e terminou na noite do dia 19 de julho de 2023, após mais de 14 horas de sessão.

Além de Jamilzinho, também foram condenados pelos mesmos crimes o ex-guarda civil municipal de Campo Grande, Marcelo Rios, com 23 anos de reclusão e ao pagamento de 120 dias multa e o policial civil aposentado Vladenilson Olmedo, o Vlad, sentenciado a 21 anos e seis meses de reclusão e ao pagamento de 60 dias de multa. Na pena de Marcelo Rios também está incluída a condenação por receptação, a do veículo furtado utilizado no crime.

Documentário

O documentário original TV Morena, “Omertà, Caso Matheus”, mostra bastidores, expressões, entrevistas exclusivas e mais detalhes do julgamento da execução do jovem Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos, que foi considerado o “júri da década” para Mato Grosso do Sul.

Ao longo de três episódios, “Omertà, Caso Matheus” revisita o fórum de Campo Grande para resgatar detalhes do julgamento que terminou com a condenação de Jamil Name Filho, Marcelo Rios e Vladenilson Olmedo.

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