Os criminosos ainda escravizavam paraguaios
A Polícia Federal lançou, na manhã desta quarta-feira (9), uma operação contra um esquema de venda de cigarros falsificados, cuja produção envolvia trabalhadores paraguaios em condições análogas à escravidão. A ação inclui o cumprimento de dois mandados de prisão e 41 de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio e apreensão de bens dos investigados. Os mandados estão sendo executados no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão por meio do esquema. Para facilitar o transporte das mercadorias, a quadrilha utilizava documentos e notas fiscais falsificadas. Inicialmente, os suspeitos comercializavam cigarros legítimos, mas, com o objetivo de aumentar os lucros, passaram a vender produtos de uma fábrica clandestina localizada em Minas Gerais, conforme informações da PF.
Os envolvidos podem ser acusados por diversos crimes, como falsificação de produtos, fraude tributária, comércio de itens inadequados para consumo, trabalho escravo e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas podem ultrapassar 48 anos de prisão.