O crime foi considerado triplamente qualificado
Denúncia oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) resultou na condenação de detetive que mandou matar a esposa e na de dois comparsas. O crime aconteceu na frente de uma criança de sete anos.
A vítima foi assassinada com um tiro na cabeça, em área de mata afastada do perímetro urbano do município de Dourados. Depois do crime, o menino foi deixado em um contêiner. Segundo a peça acusatória da 15ª Promotoria de Justiça de Dourados, assinada pela Promotora Cláudia Loureiro Ocáriz Almirão, o crime foi considerado triplamente qualificado (motivo torpe, dissimulação e emboscada; e feminicídio).
Os envolvidos no assassinato passaram por julgamento que durou quase 20 horas, encerrando na madrugada desta sexta-feira (9). Durante a sessão, o MPMS foi representado pelo Promotor de Justiça Luiz Eduardo de Souza Sant’Anna Pinheiro, titular da 12ª Promotoria de Dourados.
De acordo com o documento, “para todos os sentenciados condenados, o regime inicial é o fechado, eis que nenhum deles cumpriu fração suficiente para progressão de regime… Para todos eles, descabida a substituição ou suspensão condicional da pena, ante o quantitativo da reprimenda aplicada e por se tratar de fato praticado mediante violência real. Os acusados respondem presos à ação penal.”.
O marido da vítima que encomendou o crime foi condenado a 24 anos de reclusão. O pistoleiro e a orientadora espiritual do mandante deverão cumprir a sentença de 19 anos.
Processo: 0004889-49.2021.8.12.0002
Cyro Clemente – Assecom/MPMS
Foto: Divulgação
Revisão: Regina Célia de Araújo Silva