Debate: segurança e respeito aos profissionais que atuam nas unidades de saúde

O deputado Lidio Lopes (sem partido), parabenizou, durante a sessão ordinária desta terça-feira (19), o deputado Pedro Kemp (PT), por um ofício lido nesta manhã, dirigido à Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG). “Com relação ao ocorrido, em uma unidade de saúde onde uma servidora foi atacada ontem, eu parabenizo o ofício enviado por Vossa Excelência, porque é inadmissível aceitarmos ataques aos servidores, mas o que nós precisamos ter consciência também é sobre a classe política, que, muitas vezes, faz politicagem dentro das unidades da saúde”, registrou.

“As pessoas estão indo para dentro das unidades de saúde, principalmente políticos, gravando vídeos, rompendo salas, atacando profissionais de saúde, invadindo a privacidade do profissional da saúde que tem toda a sua atribuição de ética de médico com seu paciente, resguardado por legislação, e a gente está vendo essa privacidade ser invadida por colegas da Câmara dos Vereadores, não só aqui, mas em todo o Estado. E para a jogar para a plateia, vão lá e atacam os médicos, fazem vídeos e postam nas redes, como se fosse uma banalidade”, destalhou Lidio Lopes.

O parlamentar também questionou o motivo de não haver esse tipo de ocorrência nos atendimentos feitos pelos planos de saúde. “Eu não vejo isso dentro das unidades particulares e de planos de saúde, como na Unimed ou Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul [Cassems], e qualquer outro atendimento por plano plano, já que as pessoas pagam e vão lá e aguardam na fila, as vezes de 4h ou mais. As pessoas estão impacientes na rede pública e acham que esperaram demais e ainda têm o direito de agredir os trabalhadores e servidores da saúde”, concluiu Lidio Lopes. 

Deputado Estadual Pedro Kemp é o autor do ofício que repercurtiu em debate

O deputado Pedro Kemp, autor do ofício, destacou que o problema das ocorrências é quase diário nas unidades de saúde. “Eu queria concordar totalmente com a fala do deputado Lidio Lopes, minha filha é médica e atende também na rede pública de saúde, e ela fala que trabalha com medo, porque o que Vossa Excelência acabou de dizer, as pessoas ficam aguardando atendimento e se veem no direito de abrirem a porta e agredir e xingar, porque não foi atendido ainda. Todo dia há um problema com quem aguarda para o atendimento. Estamos pedindo a Guarda Civil Metropolitana para estar nas unidades de saúde a garantir a segurança, essa enfermeira levou um soco e caiu desacordada. Recentemente fui ao Hospital Unimed, e fiquei 3h a 4h esperando, também soube que o Cassems [hospital] ontem estava superlotada, aí a pessoa depois de 2h na unidade de saúde já quer chutar a porta, agredir médico e outros profissionais. E essa questão de filmar e agredir profissional de saúde também tem que acabar”, considerou.

Christiane Mesquita / Foto: Luciana Nassar

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