Na maioria dos países, as pessoas só têm acesso a cuidados médicos, consultas, medicamentos e exames se pagarem por tudo isso. No Brasil, desde 1988, temos o Sistema Único de Saúde (SUS), que garante atendimento a todos os brasileiros, e até aos estrangeiros residentes ou de passagem pelo país, e é o maior sistema público de saúde do mundo!
O SUS é custeado com os impostos pagos por todos os brasileiros, mas o atendimento é igualitário e democrático, acessível a todos. Ou seja, as pessoas com melhores condições financeiras ajudam a custear um sistema que favorece justamente a parcela da população que não teria acesso a atendimentos de saúde.
Mas não é só isso. No SUS são desenvolvidas milhares de pesquisas, como novos medicamentos, testes de vacinas, eficácia de remédios, próteses, implementação de cuidados assistenciais humanizados, entre outros. Nas instituições que atendem via SUS também são formados diversos profissionais, em dezenas de áreas, principalmente médicas e assistenciais.
Como o SUS é estruturado?
O SUS é dividido basicamente em dois blocos: atenção básica ou primária, que é a “porta de entrada” do paciente, como Unidade Básica de Saúde (UBS) e Posto de Saúde; e atenção secundária e terciária. Na secundária, o paciente tem contato com profissionais mais especializados, como cardiologistas, dermatologistas e oftalmologistas. Na terciária, há um grau maior de complexidade e especificidade, com cirurgias ambulatoriais especializadas, exames que necessitam de equipamentos mais modernos, tratamentos de doenças crônicas, como atendimentos e cirurgias oncológicas, transplantes, partos de alto risco, neurocirurgia, diálise, entre outros.
Fazem parte do SUS a União (Ministério da Saúde), os Estados (Secretarias Estaduais de Saúde) e os Municípios (Secretarias Municipais de Saúde), cada um com suas responsabilidades.
O caminho do paciente no SUS
A maioria dos hospitais que atendem pelo SUS não são “porta aberta”, ou seja, o paciente não pode simplesmente ir ao hospital e ser atendido, justamente porque o primeiro atendimento deve ser feito na atenção básica ou primária (UBS ou Posto de Saúde), onde os dados do paciente são inseridos no sistema de regulação, que, quando necessário, verifica qual hospital tem vaga disponível para atender aquele paciente.
Como funciona no Humap-UFMS
Para ser atendido no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), o paciente precisa ir primeiramente até uma UBS ou Posto de Saúde, onde seu cadastro será incluído no sistema de regulação. Em casos de urgência, o paciente será encaminhado pela Central de Regulação de Vagas do Município de Campo Grande, através do sistema CORE. Na atenção especializada (ambulatório específico para alguma enfermidade), o encaminhamento é feito pela Central de Regulação de Vagas, pelo sistema Sisreg, a uma instituição hospitalar que tenha vaga e que atenda à necessidade específica do paciente.
O único serviço que é porta aberta no Humap-UFMS – ou seja, a paciente chega e já é atendida (sem regulação) – é a Maternidade, cujo atendimento é preconizado pela Rede Cegonha.
