O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, conhecido pelo envolvimento na morte de Eliza Samudio, voltou a ser preso, nesta quarta-feira (3), por outro assassinato. Trata-se do homicídio de Devanir Claudiano Alves, em 2009, no bairro Juliana, na Região Norte de Belo Horizonte.
Segundo denúncia do Ministério Público, Bola foi contratado pelo comerciante Antônio Osvaldo Bicalho, que teria descoberto um relacionamento extraconjugal da esposa com a vítima. Em 2019, os dois foram condenados pelo crime e receberam o direito de recorrer em liberdade, mas o ex-policial já cumpria pena pela morte de Samudio.
Com o fim dos recursos, a Justiça determinou as prisões na última segunda-feira (1º). No entanto, o caso está sob sigilo e não é possível saber desde quando Bola estava solto.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o ex-policial foi preso em casa, no bairro Santa Clara, em Vespasiano, na Grande BH. Ele não resistiu à ordem de prisão.
Bola foi levado para a delegacia da cidade e, em seguida, encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da capital para passar por exame de corpo de delito. A previsão é de que ele siga para a Casa de Custódia da Polícia Civil ainda nesta quinta-feira (4).
Caso Eliza Samudio
Eliza Samudio desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. Ele foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem.
A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Macarrão e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto de 2013 e condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio com Bruno. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto, e Wemerson, a dois anos e meio também em regime aberto.