O dia 10 de outubro é considerado o Dia Mundial da Saúde Mental, e a amizade desempenha um papel fundamental nesse aspecto, funcionando como um suporte emocional essencial para lidar com os desafios diários.
Estudos mostram que manter laços de amizade pode reduzir o risco de depressão e ansiedade, além de aumentar o bem-estar geral. Por isso, consultamos um especialista para explicar os benefícios de socializar para a nossa saúde mental.
Benefícios da socialização
De acordo com Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares, para a grande maioria das pessoas, a construção das relações sociais trazem a sensação de conforto e é vista como uma oportunidade de melhorar a qualidade de vida e a saúde emocional.
“O nosso cérebro apresenta áreas que são especializadas em regular o nosso comportamento social, isso torna possível vivermos em sociedade, sermos mais empáticos, assertivos e resolver conflitos interpessoais”, explica.
Para o especialista, os seres humanos são seres sociais, está no DNA a necessidade de conectar, viver juntos, relacionar uns com os outros, mesmo que de forma mínima. Viver em sociedade, suportar as diferenças, estabelecer regras de convívios e limites tem sido um trabalho árduo para nossa espécie desde que surgimos há milhares de anos.
O que fazer quando a “bateria social” esgota?
O psiquiatra ressalta que ao sentir que a bateria social está acabando o ideal é fazer uma pausa consciente. Ou seja, distrair-se, descansar e fazer atividades prazerosas e saudáveis, pois isso pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade.
Algumas pessoas apresentam dificuldade social por conta de algumas condições, como por exemplo, o Transtorno do Espectro Autista. “Nesses casos, é importante ter um acompanhamento profissional especializado para estimular de maneira correta o desenvolvimento das interações sociais”, explica Caldato.
Quais são os melhores meios de socialização?
Atualmente, uma das formas mais comuns de se conectar com outras pessoas é através das redes sociais, chats e jogos online. “Os mais comuns não significam ser os melhores. No mundo moderno, a globalização vem tomando conta das nossas vidas e com isso as interações se tornam cada vez mais virtuais”, comenta o psiquiatra. Mas para ele, os encontros presenciais são ainda mais importantes. Frequentar ambientes que permitam a construção de novas relações e que te façam bem, como restaurantes, feiras livres, festas de casamento, formaturas, aniversários, entre outros.