Leandro Abreu- A declaração de Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos na Região Hidrográfica do Paraguai, feita pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), acendeu alerta importante para o uso da água em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, a escassez hídrica exige monitoramento constante, mas, não deve ter grande impacto na distribuição de água, já que a cidade conta com sistema de abastecimento moderno e eficaz implantado pela Águas Guariroba.
Atualmente, mais de 40% da água distribuída na Capital vem da captação do Córrego Guariroba e, por meio de um potente sistema de bombeamento, viaja através das adutoras por mais de 30 km até chegar à estação de tratamento.
O restante é captado do Córrego Lageado (13%) e de 157 poços profundos (47%) – sendo 14 deles do Aquífero Guarani.
Para garantir segurança hídrica para a população da cidade, a Águas Guariroba investe em soluções operacionais. Iniciadas em janeiro de 2020, as obras de perfuração de poços resultaram em acréscimo de 1,7 milhão de litros/hora de água produzida e melhorias na produção e distribuição da água potável, em diversos bairros de Campo Grande.
A estratégia foi necessária porque, a cada ano que passa, além do crescimento populacional, as condições climáticas adversas também influenciam e aí ocorre o planejamento por parte da Águas Guariroba, que é a concessionária responsável pelo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.
Desta forma, com o aumento da capacidade de produção, o risco de faltar água ou então ocorrer um racionamento é muito menor, principalmente, quando o calorão aparece “Nós temos o aumento da temperatura e, ao mesmo tempo, a redução significativa das chuvas. É por isso que a concessionária se planejou para fazer a ampliação da capacidade de produção e hoje consegue garantir o abastecimento da cidade”, afirma diretor executivo da Águas Guariroba, Gabriel Buim.
Além disso, a concessionária tem um moderno Centro de Controle de Operações (CCO), que permite que a água seja distribuída na cidade da maneira eficiente, com remanejamento do recurso de um bairro para o outro.
“No CCO, é possível acompanhar em tempo real os volumes de água captada, tratada e principalmente distribuída. O monitoramento indica quando as pressões baixam em determinadas regiões, reservatórios e estações elevatórias de água tratada (EEAT), permitindo que as equipes de manutenção atuem de modo rápido e eficiente, garantindo que os índices de perdas de água continuem sendo um dos melhores do Brasil”, pontua a gerente de operações Francis Faustino.
A Capital conta com 107 reservatórios de água, distribuídos nas sete regiões do município. O sistema ajuda a monitorar em quais bairros o consumo está mais elevado, quais são os horários de maior consumo, além da tendência de aumento, conforme o histórico de consumo dos clientes. Também é possível acompanhar as mudanças e previsões climáticas.
“Os investimentos reforçam as ações de produção de água, ampliando as operações de abastecimento para garantir a eficiência no fornecimento de água, reduzindo o risco de desabastecimento e proporcionando maior segurança operacional da água que chega até a residência da população”, finaliza a gerente.