Acusado de assassinar agente penitenciário

Ele também estaria ligado a uma organização criminosa brasileira

Na manhã dessa quarta-feira (11/9), a operação conjunta entre a Polícia Nacional do Paraguai e policiais brasileiros resultou na prisão do brasileiro William Pereira Soares, de 36 anos, no Bairro Maria Vitória, em Pedro Juan Caballero. William é acusado de envolvimento em uma série de crimes graves, incluindo tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubo de veículos. Ele também estaria ligado a uma organização criminosa brasileira com forte presença no Paraguai.

O crime de maior gravidade associado a William é o assassinato de um agente penitenciário ocorrido em 2015, na cidade de Arapongas, no interior do Paraná. Segundo as investigações, o agente penitenciário foi morto a tiros, e William é apontado como um dos principais envolvidos no caso. Esse homicídio gerou grande repercussão na época, já que foi entendido como uma retaliação de organizações criminosas contra o sistema penitenciário brasileiro, em resposta a operações de repressão dentro dos presídios.

Operação de prisão

Durante a operação que culminou na prisão de William, a polícia apreendeu um arsenal com ele, incluindo armas de fogo, munições, celulares e um veículo que estava em sua posse. O material confiscado reforça as suspeitas de que ele estaria atuando de forma ativa em atividades criminosas na região de fronteira.

De acordo com autoridades paraguaias, William havia fugido do Brasil durante uma transferência para atendimento hospitalar. Ele estava preso em uma penitenciária, mas conseguiu escapar durante esse período de deslocamento. Após a fuga, William se refugiou no Paraguai, onde passou a atuar clandestinamente.

Ligações com organizações criminosas

William Pereira Soares é apontado como integrante de uma facção criminosa brasileira conhecida por seu controle do tráfico de drogas e por seus vínculos com outras atividades ilícitas na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A cidade de Pedro Juan Caballero é um importante ponto de passagem de drogas e armas, e a atuação de facções brasileiras no local é conhecida pelas autoridades dos dois países.

Expulsão do Paraguai

Segundo informações fornecidas por um comissário do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Paraguai, William deve ser expulso do país ainda hoje. A extradição está sendo organizada para que ele seja entregue às autoridades brasileiras na linha internacional entre os dois países. A prisão de William é vista como um grande passo no combate ao crime organizado na região fronteiriça, já que ele era considerado uma peça-chave na logística de uma das facções mais poderosas do Brasil.

A promotora de Justiça Kátia Uemura, que acompanha o caso no Brasil, destacou a importância da cooperação internacional no combate ao crime organizado, especialmente nas regiões de fronteira, onde a atuação de facções tem se intensificado nos últimos anos. A operação, coordenada entre as forças policiais dos dois países, é um exemplo dessa colaboração.

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