O caso ocorrido na noite desta quarta-feira (18) em Nova Alvorada do Sul, em que Eberson da Silva, de 30 anos, atirou contra a companheira e em seguida tirou a própria vida, expõe um histórico de violência e ameaça possivelmente ignorado. Exatamente três meses antes da tragédia, em 23 de fevereiro, Eberson já havia sido preso após agredir e ameaçar a mesma mulher, de 27 anos.
Segundo registro da ocorrência da época, ele passou o dia ingerindo bebidas alcoólicas e, durante uma discussão, disse à companheira: “Hoje acontece alguma coisa com você. Você vai ser mais uma vítima de feminicídio.” A vítima não reagiu às ameaças e foi para a casa da mãe, mas Eberson a seguiu até o local.
Na residência da sogra, após nova discussão, ele a agrediu com puxões de cabelo e empurrões, derrubando-a no chão enquanto ela segurava o filho do casal no colo. A mulher sofreu lesões e escoriações. Após o ataque, o agressor fugiu.
A Polícia Militar foi acionada e, após buscas, localizou Eberson. Ele ainda tentou fugir ao avistar a guarnição, sendo contido com o uso de algemas. Encaminhado à delegacia, ele foi autuado, mas acabou solto.
Nesta quarta-feira, a ameaça se concretizou, infelizmente. Eberson atirou contra a companheira — possivelmente na região da cabeça — e, em seguida, cometeu suicídio. A mulher foi socorrida em estado grave pelo Corpo de Bombeiros Militar e levada ao hospital.
A Polícia Militar preserva a cena do crime para os trabalhos da Polícia Civil e da Polícia Científica. A dinâmica do ocorrido segue sob apuração. A reportagem acompanha o caso e trará atualizações assim que possível.