A criação do Estado de Mato Grosso do Sul é resultado de um longo processo histórico, político e econômico que se consolidou oficialmente em 11 de outubro de 1977, com a promulgação da Lei Complementar nº 31, pelo então presidente Ernesto Geisel. Essa lei determinou a divisão do antigo Estado de Mato Grosso em duas unidades federativas: Mato Grosso, ao norte, e Mato Grosso do Sul, ao sul.
A ideia de separar o território já existia desde o século XIX, quando surgiram divergências políticas e administrativas entre as regiões norte e sul do antigo Mato Grosso. O sul, mais próximo dos centros econômicos do Sudeste e com maior presença de atividades agropecuárias, sentia-se distante do poder político e da atenção do governo sediado em Cuiabá. Essa insatisfação deu origem a diversos movimentos separatistas ao longo dos anos, como o Movimento Autonomista Sul-Mato-Grossense, que ganhou força principalmente nas décadas de 1950 e 1960.
A divisão foi impulsionada por fatores econômicos e geográficos. A região sul possuía melhores condições de transporte e comunicação com os grandes centros do país, além de uma economia mais dinâmica baseada na pecuária e na agricultura. Por outro lado, a administração central em Cuiabá encontrava dificuldades para gerir um território tão extenso e com características regionais distintas.
Com a criação do novo estado, Campo Grande foi escolhida como sua capital, por sua localização central e por ser um polo econômico e populacional importante. O Estado de Mato Grosso do Sul passou a integrar oficialmente a federação brasileira em 1º de janeiro de 1979, quando foi instalada a sua primeira administração estadual.
Desde então, Mato Grosso do Sul consolidou-se como uma das principais regiões produtoras do agronegócio brasileiro e vem buscando equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, especialmente do Pantanal, um dos maiores biomas do mundo.
