Tarifaço de Trump: “Preservar, não confrontar”, afirma Nelsinho

Neiba Ota – Para o senador Nelsinho Trad, a missão cumpre papel essencial ao municiar o Senado de informações técnicas e políticas. “Nossa missão é preservar os empregos, o comércio e o entendimento entre Brasil e Estados Unidos. Isso exige firmeza, mas também maturidade institucional. O momento é de agir com estratégia e responsabilidade”, declarou.

Empresários dos EUA devem pressionar

Na parte da tarde, os senadores participaram de uma reunião com representantes da U.S. Chamber of Commerce e de gigantes empresariais norte-americanas, como Cargill, Caterpillar, ExxonMobil, Shell, Dow Chemical, Merck, S&P Global, Johnson & Johnson, IBM, DHL, Kimberly-Clark, entre outras. O encontro, articulado pelo Brazil-U.S. Business Council, também contou com a presença da embaixadora Maria Luiza Viotti e integrantes da missão diplomática brasileira.

Diante da urgência imposta pela entrada em vigor das tarifas na sexta-feira (1º), os senadores passaram a articular com o setor privado americano uma nova ofensiva: a elaboração de uma carta conjunta da U.S. Chamber às autoridades norte-americanas, pedindo a prorrogação do prazo para início das sobretaxas.

“Foi sugerido um manifesto, uma carta, solicitando a prorrogação desse caso, até porque a classe empresarial precisa de previsibilidade para se adequar, principalmente no caso de produtos perecíveis”, afirmou Nelsinho Trad, em entrevista a jornalistas.

A ideia é pressionar pela postergação da medida enquanto se constroem alternativas técnicas e diplomáticas. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) revelou que também foi solicitado à Câmara de Comércio que intermedeie uma conversa entre os presidentes dos EUA e Brasil, com vistas à retomada do diálogo político de alto nível entre os países.

Durante a reunião, empresários defenderam gestos concretos do Brasil e citaram como exemplo o acordo recente entre EUA e União Europeia. “O Brasil precisa mostrar que é insubstituível em cadeias produtivas críticas, como alimentos, energia e componentes industriais”, afirmou um dos executivos. A avaliação predominante foi a de que complementaridade econômica e pragmatismo diplomático são o melhor caminho para evitar perdas bilaterais

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