“Quando Só o Amor Não Basta” destaca a musicalização inclusiva no Setembro Verde

Projeto cultural coordenado pela professora Etna Gutierres busca entrevistar educadores musicais que trabalham com pessoas com deficiência, ampliando a visibilidade sobre acessibilidade cultural em Campo Grande.

Em alusão ao Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência, o projeto “Quando Só o Amor Não Basta” reforça o convite a professores de música para participarem de entrevistas e compartilharem suas experiências no ensino de pessoas com deficiência. A pesquisa, conduzida pela professora Etna Gutierres, pretende reunir dados inéditos sobre a musicalização inclusiva e os desafios vividos por educadores em diferentes contextos.

 O Setembro Verde marca a luta por mais acesso, inclusão e visibilidade das pessoas com deficiência em todas as áreas da sociedade. Dentro desse contexto, a música aparece como um campo potente, mas ainda pouco explorado. “A gente ouve falar muito sobre o direito de acesso à saúde e à educação formal, mas pouco se fala do direito à arte e à cultura. E, no caso da música, as práticas inclusivas ainda não têm a visibilidade que merecem”, observa Etna.

 O projeto propõe entrevistas com professores e professoras de música que já atuaram ou atuam com pessoas com deficiência, seja em escolas, universidades, projetos sociais ou aulas particulares. O objetivo é reunir dados que mostrem não apenas as dificuldades, mas também os caminhos encontrados para tornar a música um espaço de inclusão. “Mais do que uma opinião, precisamos de números e relatos. Só assim conseguimos transformar percepções em propostas reais de mudança”, afirma a pesquisadora.

 Segundo Etna, o Setembro Verde é também uma oportunidade de questionar como a sociedade tem olhado para a cultura como direito. “Falar de inclusão musical em setembro é lembrar que a pessoa com deficiência não é só alguém que precisa de saúde ou educação formal. É alguém que tem direito de cantar, tocar, se emocionar e aprender por meio da música como qualquer outra pessoa. E os professores são peças-chave nessa transformação”, diz.

 Educadores musicais de Campo Grande podem contribuir com a pesquisa respondendo às entrevistas disponíveis online. “Quando um professor compartilha sua vivência, ele não só ajuda a mapear a realidade, mas também inspira políticas públicas e práticas mais inclusivas. É um gesto de generosidade que reverbera para toda a comunidade musical e cultural”, conclui Etna.

Professores interessados podem participar pelo formulário:  https://tr.ee/pesquisapcdcg .

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