Infectologista da Unimed Araxá reforça que o hábito reduz até 40% das infecções respiratórias
A higiene das mãos é considerada pela comunidade científica a medida mais simples e eficaz para prevenir doenças infecciosas. Mesmo com toda a evolução da medicina e dos recursos de prevenção, o ato de lavar ou higienizar corretamente as mãos continua sendo essencial para conter a disseminação de vírus e bactérias em ambientes domésticos, escolares e hospitalares.

O infectologista da Unimed Araxá, Jerônimo Menezes, explica que a prática é fundamental tanto na rotina da população quanto entre profissionais de saúde. “Lavar ou higienizar as mãos salva vidas. É uma atitude simples, mas comprovadamente eficaz na redução de doenças como COVID-19, gripe e infecções intestinais, além de prevenir complicações em ambiente hospitalar”, afirma.
Durante a pandemia de COVID-19, o gesto ganhou destaque mundial. “O uso do álcool 70% e a lavagem com água e sabão mostraram-se determinantes para reduzir a transmissão do coronavírus. O mesmo vale para o vírus Influenza e para agentes causadores de diarreias infecciosas. A correta higienização interrompe a cadeia de transmissão e protege tanto quem pratica o ato quanto as pessoas ao redor”, explica o médico.
De acordo com estudos internacionais, aumentar a frequência e a qualidade da lavagem das mãos pode reduzir em até 40% as infecções respiratórias agudas e em 30% as doenças diarreicas. Em hospitais, onde há risco de disseminação de microrganismos resistentes, o hábito é considerado a principal medida para prevenir infecções associadas à assistência à saúde.
Dr. Jerônimo Menezes orienta que a fricção com solução alcoólica entre 60% e 80% é o método preferencial na maioria dos casos, por ser rápida e eficaz. “O álcool em gel deve cobrir todas as superfícies das mãos e ser friccionado até completa secagem. Já a lavagem com água e sabão é necessária quando as mãos estão visivelmente sujas, após usar o banheiro, manipular alimentos ou tocar superfícies contaminadas”, detalha. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o tempo ideal para a higienização é de 20 segundos, abrangendo palmas, dorsos, polegares, pontas dos dedos e punhos.
O médico destaca ainda que campanhas educativas, treinamento contínuo e monitoramento são fundamentais para que o hábito se torne rotina tanto entre profissionais de saúde quanto na população em geral. “Mais do que um ato de higiene pessoal, lavar as mãos é um gesto de responsabilidade social. Em casa, no trabalho ou no hospital, essa prática protege a si mesmo e toda a comunidade”, conclui.