Fórum do MPMS para prevenção de acidentes com animais silvestres nas rodovias

Em mais um passo estratégico para a prevenção de acidentes envolvendo animais silvestres nas rodovias estaduais, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul promoveu o 3º encontro do Fórum “Rota Sustentável de Prevenção a Colisões com a Fauna Silvestre nas Rodovias do MS”.

Criado em julho do ano passado, o fórum coordenado pelo MPMS, por meio do Núcleo Ambiental, reúne agentes e promove discussões sobre medidas preventivas e mitigatórias para redução dos acidentes em trechos pavimentados e não pavimentados das rodovias estaduais.

Este terceiro encontro contou com participação do representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Também participam da mesa de discussões representantes da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (AGESUL), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), Polícia Rodoviária Federal, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) e Instituto SOS Pantanal.

“Bonito para quem?” – Outro ponto de discussões do 3º encontro do Fórum foi o estudo “Bonito para quem?”, desenvolvido e apresentado, durante a reunião, pela bióloga Amanda Messias, mestre em Conservação e Biodiversidade.

A especialista analisou, ao longo de seis meses, as três rodovias estaduais que dão acesso ao município de Bonito (MS-178, MS-345 e MS-382) e, com este trabalho, conseguiu identificar os pontos de maior ocorrência de atropelamentos e avistamentos de animais, os chamados hotspots. Também foram mapeadas estruturas inferiores (pontes, caixas secas e bueiros) que, se adequadas, poderiam servir como passagem aos animais.

Os resultados do estudo podem contribuir de forma mais assertiva para o planejamento das medidas de mitigação dos acidentes envolvendo a fauna local. “Conservar a fauna silvestre no entorno das rodovias é um desafio ambiental que exige esforços contínuos. É necessário haver integração e diálogo com a sociedade civil, comunidade cientifica, órgãos ambientais, ONGs e gestores das rodovias. É possível e viável”, considera a bióloga.

O Promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet, ressaltou que o fórum ganha importância no contexto atual do Estado, especialmente com a chegada de grandes empreendimentos que aumentarão o tráfego de carga rodoviária e com a implementação da Rota Bioceânica.

Os representantes das entidades enfatizaram a importância de um esforço conjunto para levantar recursos e planejar medidas mitigatórias, especialmente em projetos antigos que necessitam de atualização e melhorias.

Zana Zaidan

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