Flamengo x PSG: como o rubro-negro se prepara para enfrentar time que pertence ao Qatar

Bruno Marinnho – O Flamengo é do Brasil, mas o Paris Saint-Germain não é exatamente da França, apesar de sua sede ser na capital francesa. O PSG é literalmente do Qatar e será contra um time que pertence a um país que o rubro-negro tantará o tão sonhado segundo título mundial de sua história. Justamente em Doha, capital do país do Oriente Médio. Se o time carioca já teve grandes desafios em seus 130 anos de existência, vencer a Copa Intercontinental de Clubes na quarta-feira será o maior de todos eles.

Internamente, o Flamengo tem ciência dessa peculiaridade. A ordem é não fomentar maiores preocupações além das que já existem por enfrentar o atual campeão europeu, um dos times mais fortes do mundo. Danilo, titular da equipe rubro-negra contra o Pyramids, do Egito, e autor de um dos gols que levaram os cariocas para a final do Intercontinental, fez questão de minimizar o fato de o Flamengo estar prestes a enfrentar um rival com tanto poder nos bastidores.

“(Essa questão) É um dado irrelevante, no meu modo de ver. Quando se entra em campo, esse tipo de situação não é levado em consideração. Espero que os torcedores aqui presentes possam nos apoiar, fazer uma festa, para que a gente tenha uma noite bonita”, afirmou ao Bolavip Brasil.

Choque de modelos distintos

Em tempos de SAFs como alternativa para clubes brasileiros se tornarem competitivos, o Flamengo alcançou a hegemonia do futebol sul-americano sem mudar de status, mantendo o clube sob controle de seus associados. Quando começou a guinada rumo ao topo, ainda em 2013, foi escalando degraus até chegar ao patamar que possui atualmente. Tanto que levou seis anos para duplicar o valor de mercado de seu elenco, de acordo com os números do site Transfermarkt: saiu de 52 milhões de euros em 2013 para 119 milhões de euros em 2019, ano que marca o começo da supremacia rubro-negra na América do Sul.

No caso do Paris Saint-Germain, foi um novo dono quem fez o clube se tornar a potência que é. Em junho de 2011, o Emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, comprou as ações do Paris Saint-Germain por intermédio da Qatar Sports Investiments (QSI). Na época, o valor de mercado do elenco do PSG era de cerca de 100 milhões de euros. Um ano depois, esse valor havia saltado para 211 milhões de euros.

Título mundial é o que falta para o Paris Saint-Germain

Desde que passou a pertencer ao Qatar e a ser presidido por Nasser Al-Khelaïfi, o Paris Saint-Germain investiu pesado para se tornar campeão europeu. Entre a temporada 2012/2013 e a atual, foram gastos cerca de 2,2 bilhões de euros em reforços. É o quarto maior gasto do mundo no período, atrás apenas dos investimentos de Chelsea, Manchester City e Manchester United, times da liga nacional mais rica do mundo, a Premier League.

Em 2025, finalmente o título europeu veio, com uma vitória incontestável sobre a Internazionale. Na sequência, o time chegou à final do Mundial de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos. Mas o que parecia ser o encerramento perfeito de um ciclo terminou com o título do Chelsea, da Inglaterra.

Em Doha, o Paris Saint-Germain não cogita em hipótese alguma perder mais um título mundial, o segundo em cinco meses. Tanto que Luis Enrique, treinador da equipe, poupou jogadores na última rodada do Campeonato Francês antes da viagem para o Qatar.

“Eles sabem que o Flamengo é muito forte. Tanto se fala que os europeus não ligam para a final do Mundial, mas ligam sim, tanto que virão com a força máxima para nos enfrentar – afirmou Bruno Henrique, depois da partida contra o Pyramids.

O que o atacante rubro-negro se esqueceu é que o Paris Saint-Germain, apesar do nome, não é europeu. Ele pertence ao Qatar. E os qataris se importam muito com o Mundial.

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