Festival Mais Cultura: Desfile de moda

Mais de 20 apresentações de dança

O Teatro Glauce Rocha foi o cenário escolhido para o Desfile de Moda Autoral do Festival Mais Cultura UFMS 2025. O evento foi realizado nesta quinta-feira, 25, com participação das marcas BoliBoli, C4 CriaçõesBy Izabel Souza e Emilia Leal – Arte Criativa.

A secretária de Projetos e Eventos Culturais e Artísticos da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte, Mariuciy Gomes, foi uma das organizadoras da programação e enfatizou a força da arte e da cultura. “Nossas estudantes participaram do desfile, todas produzidas com as quatro marcas participantes no desfile. O Festival Mais Cultura coloca a Universidade de portas abertas para a sociedade como um todo. A gente está aqui trazendo cultura e arte para impactar vidas, para transformá-las. Eu estou agora impactada pelo desfile, pela beleza das coleções apresentadas aqui. É mágico a gente ver e, principalmente, quando recebemos estudantes das escolas que vêm nos visitar para conhecer e assistir ao que está sendo realizado”, destacou.

A estilista Patrícia Rodrigues, da marca Boli Boli, apresentou a coleção Afropantaneira, que aborda diversas estéticas culturais, como caribenha, latina e indígena, reunidas em uma proposta única e autoral. “A moda não é só uma estética do vestir, mas ela também é uma estética de discussão crítica sobre o vestir. A minha marca, que trabalha com sustentabilidade, também é uma marca voltada para essa consciência de como a gente se constrói no mundo politicamente, socialmente. A própria possibilidade de customização e do upcycling traz essa reflexão desse corpo no mundo. Quem é esse corpo? O que a gente veste? Por que a gente veste? […] Eu acho que a minha marca veio se fundamentando dentro do território de Mato Grosso do Sul, com todos esses apontamentos regionais e culturais”, explicou.

“Hoje em dia a gente pensa em marcas autorais mais slow fashion, que é o caso que eu proponho, que são produções únicas, autorais, mas que tem um tempo maior. A gente tenta sair um pouco desse fast fashion, que é essa coisa do consumo rápido. A proposta da customização dentro da linha do upcycling, que é uma linguagem na moda, o conceito principal é a sustentabilidade”, complementou.

Em seguida, o local abriu espaço para a Mostra de Dança, com 23 apresentações de companhias e escolas de dança de Campo Grande. O espetáculo Fragmento de Nós, da Sinapse Cia de Dança da UFMS, abriu o evento, que teve a presença de estudantes, servidores, colaboradores e pessoas da comunidade externa.

As apresentações incluíram Simbiose, da Cia do Mato; Linha do tempoHarlequinade e Pas-de-Deux O Corsário, do Espaço de Dança Studio 2; RaízesEcos de GabrielaKitri Act 3Meu Amor Habita em Teus BraçosPalavras Não Ditas e Caminhos da Noite, do Plié Estúdio de Dança; A rainha borboletaLê Papilion e Fairy Doll, do Projeto Som&Vida; DescaminhosAs Loucuras que eu fizEm busca do que ficou… e Filha da imensidão, da Cia Selma Azambuja; Grand Pas-de-Deux de Corsário, do Estúdio Pantanal em Dança; Relicário de mim, da Ginga Cia de Dança; In da Roots, da BigFieldCrew; Nosso Clube, do Comercial Class; Feira do Brasa, da Cia Perspectiva; e Dun Dun – Everglow, do núcleo de K-Pop do Grupo Armazém 67.

Artes visuais

Ainda durante a manhã, o artista Lucas Finonho participou de uma roda de conversa no auditório Arq. Jurandir S. Nogueira, localizado no setor 1 da Cidade Universitária. Nascido em Duque de Caxias (RJ) e licenciado em Artes Visuais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, ele foi convidado para compartilhar sua trajetória com os estudantes da UFMS. “Minha base artística sempre foi o teatro. Trabalhei com iluminação, cenário, palco, design e fotografia. Também já atuei no carnaval, em barracão de escola de samba, o que me trouxe uma bagagem sobre materiais e pressões do processo criativo”, contou.

O artista também falou sobre técnicas, divulgação das produções nas mídias sociais e ainda aconselhou os estudantes a aproveitarem a formação acadêmica desde os primeiros semestres. “A universidade é onde a gente aprende a engatinhar. É legal experimentar durante o curso, não esperar só para quando ele termina. Vai ser muito gostoso aprender com eles. A gente sempre conhece novas técnicas e bagagens, e isso complementa a vida acadêmica e abre caminhos no circuito artístico”, complementou.

Além da roda de conversa, Lucas retorna ao Festival Mais Cultura nesta sexta-feira, 26, com a Oficina de Artes Visuais no Laboratório de Pintura do bloco 8, das 13h30 às 17h.

Mercado Escola

Todas as quintas-feiras, o Mercado Escola da UFMS realiza a comercialização de produtos da agricultura familiar e de economia criativa, com apresentações culturais. Durante o Festival Mais Cultura, as atrações foram ainda mais especiais: os estudantes Ivi Rondon e Eduardo Golfetto, o Coral do Colégio Militar (CMCG) e dança do ventre, com a professora da Escola de Dança, Laura Helena Santanna.

O professor do CMCG Amarandes Rodrigues já havia participado de outras edições do Festival e viu a oportunidade de trazer os alunos para uma apresentação este ano. “O coral é um projeto que surgiu em 2023, justamente para comemorar os 30 anos do Colégio Militar, e a partir daí não parou mais. Atualmente, a gente tem 32 alunos participando, são alunos desde o sétimo ano até o terceiro ano do Ensino Médio. […] São alunos que, em breve, vão estar entrando aqui na Universidade, então é bom que eles conheçam também qual que é o ambiente que futuramente eles vão fazer parte”, comentou.

Já a apresentação da dança do ventre uniu o movimento corporal com o setembro amarelo, já que a professora também é psicóloga no Serviço Escola de Psicologia, vinculado à Faculdade de Ciências Humanas. “Essa música tem um significado muito profundo e importante, que em português significa eu te amo. Eu trouxe especialmente para hoje, pelo momento que a gente está vivendo também no Setembro Amarelo. Hoje de manhã, a gente teve um momento aqui no Mercado Escola sobre o autocuidado, saúde mental, a importância da gente se olhar, purificar as nossas emoções e tudo. Então, acho que essa música vem também trazendo essa mensagem, do quanto a gente precisa cuidar da gente, que esse amor deve começar dentro da gente, e nada mais bonito do que falar dançando. Essa é a mensagem que eu trago hoje”, explicou Laura.

Programação

O dia foi marcado também pelas atividades do Circuito Audiovisual, com a realização do masterclass Direção Cinematográfica para Curtas-Metragens, ministrado por Larissa Barbosa; as oficinas Imprevisto, com Brenda Postaue, Dança de salão para iniciantes, de Neil Almeida, e Conhecendo os instrumentos de percussão de Orquestra e Banda Sinfônica, com participação de João Pedro Ortale; a palestra Metodologias de ensino das danças de salão; a apresentação do Projeto Coral Infanto-juvenil da UFMS; visitas ao Memorial Glauce Rocha e à exposição Matéria Pictórica, com obras dos professores da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc) Isaac Camargo, Priscilla Pessoa e Rafael Maldonado, além do artista convidado Antônio Junior; aulas abertas da Escola de Dança; e a Feira Capivara, destinada para a divulgação de trabalhos dos estudantes de Artes Visuais da Faalc.

No Câmpus da UFMS de Nova Andradina, a animação ficou por conta da apresentação de dança do projeto de Ginástica Rítmica da Prefeitura Municipal. Houve ainda um show do Grupo Nova Luz, no Câmpus da UFMS de Coxim, o Sarau Arte e Resistência, no Câmpus da UFMS de Naviraí, e uma oficina de desenho no Câmpus da UFMS de Paranaíba.

As atividades continuam até sábado, 27. Para conferir a programação completa, clique aqui.ia Pedra, Thalia Zortéa, Lúcia Santos e Douglas Rebelato
Fotos: Bianka Macário, Rúbia Pedra, Gabriel Monteiro, Raul Delvizio e Adrielly Leonel (Proece)

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