Sato Comunicação – O Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho, é uma data dedicada a reconhecer a força e a resiliência de milhões de pessoas forçadas a deixar seus países de origem em busca de segurança, dignidade e novas oportunidades. São consideradas refugiadas pessoas que estão fora de seus países por temerem perseguição relacionada a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido a violação de direitos humanos e conflitos armados.
Quase mil venezuelanos refugiados no Grupo Pereira
O Grupo Pereira, sétimo maior varejista do Brasil, tem, atualmente, 1.402 estrangeiros em seu quadro de funcionários, de diferentes origens. Esses profissionais atuam em lojas, centros de distribuição e unidades administrativas do Grupo Pereira em diversos estados do país. Muitos chegaram ao Brasil por meio de programas de acolhimento humanitário; outros vieram por vontade própria, em busca de novas oportunidades de vida e trabalho. Todos têm em comum a coragem de recomeçar – e a chance de construir uma nova história ao lado da empresa. Desse total, 973 são venezuelanos que buscaram refúgio no Brasil.
Em Mato Grosso do Sul, são 242 refugiados e imigrantes atuando em unidades do Grupo, entre eles venezuelanos, haitianos, cubanos, argentinos, bolivianos, colombianos, peruanos, uruguaios, paraguaios, dominicanos, marroquinos, portugueses e guatemaltecos.
Segundo a ONU, o mundo vive hoje uma crise migratória sem precedentes: mais de 120 milhões de pessoas foram deslocadas à força, incluindo 43,5 milhões de refugiados. No Brasil, 710 mil pessoas vivem em situação de deslocamento forçado, principalmente as oriundas da Venezuela, Haiti, Afeganistão, Síria e Ucrânia. E os venezuelanos lideram o número de solicitações de abrigo, com quase 95 mil entradas em 2024, conforme o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Acreditamos que toda pessoa merece a chance de recomeçar com dignidade. Por isso, abrimos as portas para colaboradores estrangeiros e oferecemos oportunidades. Em troca, aprendemos muito com suas histórias de superação, força e esperança. Essa troca diária enriquece nossa cultura e nos fortalece como empresa”, afirma Paulo Nogueira, diretor de Gente & Gestão do Grupo Pereira.
Entre essas histórias está a da venezuelana Yenifer Pierina Mosquera, de 29 anos, que chegou ao Brasil em 2019 com a filha pequena. Diante das dificuldades políticas e econômicas de seu país, precisou deixar tudo para trás. “Tenho saudade da Venezuela, mas graças a Deus o Brasil abriu as portas para mim e para minha família”, conta. A jornada começou por Roraima, seguiu por Manaus e depois pelo município de Parobé, no Rio Grande do Sul. Há dois anos, ela vive e trabalha em Novo Hamburgo. Yenefer é atendente de cafeteria no Fort Atacadista da cidade. Ela lembra que os primeiros tempos não foram fáceis, especialmente por não falar o idioma. “Foi difícil, mas aprendi um pouco e estamos levando. Minha filha está estudando, e nós seguimos aprendendo cada vez mais o português”, conta.
O venezuelano Giskar Ramon Hernandez, de 39 anos, deixou a cidade de Porlamar em busca de uma vida melhor no Brasil. Está no país há apenas 11 meses, mas já construiu uma nova história. “Minha vida era muito diferente antes de vir para o Brasil, em todos os sentidos, familiar, econômico e profissional”, conta. No Rio Grande do Sul, mais do que trabalho, também no Fort Atacadista, Giskar encontrou amor, formou uma família com sua companheira Rosa Aurora, que também é venezuelana, e celebrou recentemente o nascimento da filha, Lyanna Arleth, que tem apenas um mês. “Ela me falava muito sobre as oportunidades, sobre a qualidade de vida e sobre as pessoas daqui. E eu gostei. Agora estamos juntos, conhecendo cada vez mais a cultura gaúcha. Muita gente humilde e maravilhosa cruzou nosso caminho”, relata.
O Grupo Pereira atua com iniciativas de apoio à integração cultural, treinamento e acolhimento para os colaboradores de outras nacionalidades, promovendo um ambiente seguro, diverso e de desenvolvimento. A companhia reconhece que, quando têm acesso à igualdade de oportunidades, essas pessoas contribuem significativamente para as comunidades e economias onde vivem e trabalham.
