Diagnóstico precoce: câncer de próstata tem altas taxas de cura

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A próstata — glândula que naturalmente sofre modificações ao longo do tempo — pode desenvolver tumores malignos que, quando diagnosticados tardiamente, podem comprometer a saúde e a qualidade de vida. De acordo com o urologista Dr. Rodrigo Trivilato, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), “a próstata é uma glândula que sofre naturalmente alterações com a idade. Fatores como envelhecimento, histórico familiar e etnia — com maior incidência em homens negros — podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença.”

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), dois terços dos homens com mais de 40 anos não realizam o exame de toque retal, e cerca da metade nunca fez o exame de PSA. Estima-se que um em cada sete homens será diagnosticado com a doença ao longo da vida. A cada oito minutos, um novo caso é identificado no país e, tragicamente, a cada 40 minutos, um homem perde a vida em decorrência da enfermidade. Apesar desses números alarmantes, o câncer de próstata está entre os tipos mais curáveis quando detectado precocemente, o que reforça a importância do diagnóstico e do acompanhamento médico regular para aumentar as chances de um tratamento bem-sucedido e de cura.

Nos estágios iniciais, o câncer de próstata costuma ser assintomático, o que reforça a importância do rastreamento preventivo. “Quando os sintomas aparecem, como dificuldade para urinar, diminuição do jato urinário, vontade frequente de urinar, dor óssea e presença de sangue na urina ou no sêmen, geralmente o câncer já está em estágio mais avançado”, explica o especialista. O diagnóstico precoce é realizado por meio do exame de PSA (antígeno prostático específico), feito por análise de sangue, e do toque retal, que permite avaliar alterações na glândula. “Esses exames são simples e possibilitam detectar alterações antes do surgimento dos sintomas. Quanto mais cedo diagnosticar, maior a chance de cura — chegando a 90%”, complementa o Dr. Trivilato.

O tratamento depende do estágio e do risco do tumor, da idade e das condições clínicas do paciente. “Podemos optar por vigilância ativa nos casos de baixo risco, pela retirada completa da próstata (prostatectomia radical), radioterapia, hormonioterapia e, em casos mais avançados, quimioterapia. A decisão é individualizada e deve considerar também a preferência do paciente”, pontua o médico.

Campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, têm papel fundamental na quebra de tabus e no incentivo ao autocuidado masculino. “Essas iniciativas ajudam a reduzir a mortalidade ao promover o rastreamento precoce e orientar sobre hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e acompanhamento médico anual com o urologista. O principal objetivo é detectar o tumor o mais cedo possível, garantindo maior chance de cura e estimulando o homem a cuidar da própria saúde”, finaliza o Dr. Rodrigo Trivilato.

Sobre o Dr. Rodrigo Trivilato – Urologista Titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Especialista em Urologia Infantil e Cirurgia Reconstrutiva. Médico Assistente/Staff na residência de Urologia da Universidade Federal de Goiás. Professor na Universidade Rio Verde (UNIRV) em Goiás.

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