Carta do Festival de Cinema “Uma país chamado fronteira”

É pela cooperação entre Brasil e Paraguai

Festival de Cinema Um País Chamado Fronteira, realizado entre Brasil e Paraguai em sua primeira edição, marcou um passo histórico para o fortalecimento da produção audiovisual na região de fronteira. O evento reuniu em Ponta Porã cineastas, produtores, artistas, gestores culturais, representantes de entidades públicas, organizações sociais e profissionais do setor que, juntos, firmaram uma carta de intenções pela criação de uma agenda e rede de cooperação e coprodução entre os dois países.

A chamada “Carta do Festival Um País Chamado Fronteira” destaca a profunda relação histórica, cultural e social que une Brasil e Paraguai, especialmente nas regiões limítrofes, e reforça o papel do audiovisual como ferramenta estratégica para consolidar identidades, dinamizar processos culturais e promover o desenvolvimento sustentável.

O documento busca o estabelecimento de compromissos concretos, como a criação de mecanismos de coprodução e distribuição de obras audiovisuais, intercâmbio de experiências em políticas públicas do setor, estratégias conjuntas de formação técnica e profissional, além de ações para a preservação do patrimônio audiovisual e a promoção internacional das produções dos dois países.

Para a idealizadora e diretora do festival, Marineti Pinheiro, a carta simboliza “um avanço sem precedentes na integração cultural fronteiriça”, colocando o audiovisual como eixo de diálogo e cooperação. “Queremos que o cinema seja reconhecido como um patrimônio compartilhado, capaz de unir povos, estimular a economia criativa e projetar internacionalmente a força cultural dos dois países”, afirma.

Representando os participantes paraguaios, Maximiliano Livieres – Membro do Conselho Nacional do Audiovisual do Paraguai, destacou o clima de integração que marcou o evento: “Foi um prazer e privilégio compartilhar estas jornadas. Nos vemos novamente neste País chamado Fronteira, onde os vínculos nascem para ser duradouros”.

O cineasta Miguel López, do Conselho Nacional do Audiovisual do Paraguai também ressaltou a dimensão simbólica do encontro: “Nestes dias nasceu uma verdadeira irmandade, que seguirá crescendo em nossos corações e em nossos esforços pelo cinema e pelo audiovisual, expressos nas histórias, legados e diversidade cultural de nossos povos”.

A iniciativa é fruto das mesas de debate e encontros promovidos ao longo da programação do festival, e o documento também abre caminho para futuras parcerias institucionais entre Brasil e Paraguai, visando fortalecer toda a cadeia produtiva do cinema.

O Festival “Um País Chamado Fronteira”, realizado pela Sonhares Filmes em parceria com a Prefeitura de Ponta Porã e demais instituições, consolidou-se como um espaço de integração cultural entre os dois países e projeta, com esta carta, um legado para além das telas: a construção de políticas, ações e redes de cooperação que fortaleçam a identidade audiovisual latino-americana.

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