Empreendedores de Bonito investem em produtos com identidade sul-mato-grossense e se preparam para exportar
Existem histórias que nascem de herança. Outras, de coragem. A da DiBonito Cachaça tem um pouco dos dois, além de muita transformação. Em plena pandemia, quando a paradeira tomou conta das ruas, Júnior Esterquile olhou para dentro de casa e decidiu se reinventar, transformando lembranças de família em negócio. O empurrão que faltava veio com o apoio do Senar/MS, por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Agroindústria, que ajudou a transformar sonhos engarrafados em realidade de mercado.
“O Senar nos bombardeia de ideias e nos orienta muito bem. Acho que se não fosse o Senar estaríamos perdendo mercado, não teríamos presença em feiras e eventos que temos hoje. Estaríamos mais presos dentro de uma loja”, comenta o empreendedor.
Júnior, que sempre teve aptidão para o comércio, buscava uma nova rota em meio ao cenário de incertezas. E foi nas histórias do bisavô mineiro e nas lembranças das cachaças artesanais dos parentes que ele encontrou a resposta. Começou os testes da própria bebida, tendo os amigos como degustadores oficiais. Bastaram os primeiros goles para ter a certeza de que havia ali um produto diferente, com alma e história.
“Todo mundo gostou e decidi abrir a loja. Em menos de um mês vendemos praticamente todo o estoque. Percebi que aqui tinha um caminho de sucesso”, relembra Júnior.
Transformar uma boa ideia em um bom negócio exige mais que talento e tradição. Por isso, ele procurou especialização em cursos por todo o Brasil, momento em que conheceu um companheiro para a empreitada: o sócio Hamilton Fernandes. “Em uma dessas formações que o Júnior fez em Minas Gerais, perguntei se queria um sócio e me respondeu para conversámos depois. Quando ele voltou já estávamos juntos em um negócio formalizado”, recorda Hamilton.