Bandeira vermelha patamar 2 segue em setembro com R$ 7,87 a mais a cada 100 kWh

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou na última sexta-feira (29) que a bandeira vermelha patamar 2 seguirá em vigor durante o mês de setembro. Com a decisão, os consumidores pagarão uma cobrança adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, valor que será incorporado diretamente na conta de luz. Sobre esse montante ainda incidem tributos como PIS/Cofins e a taxa de iluminação pública, o que aumenta o impacto final no bolso do consumidor.

Segundo a agência reguladora, a medida é necessária devido às condições hidrológicas desfavoráveis registradas nos principais reservatórios do país, que seguem abaixo da média histórica. O cenário exige maior uso das usinas termelétricas, cuja geração tem custo mais alto, o que encarece o fornecimento de energia.

O que são as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 com o objetivo de tornar mais transparente o custo real da produção de energia elétrica no Brasil. A sinalização funciona como um alerta ao consumidor: quando a bandeira é vermelha, por exemplo, indica que a energia está mais cara e que vale a pena adotar medidas de economia.

Antes da criação do modelo, os custos extras eram repassados apenas nos reajustes anuais das tarifas, sem dar ao consumidor a oportunidade de ajustar o consumo no momento em que a energia se tornava mais cara. Agora, com as bandeiras, as famílias e empresas podem ter uma postura mais ativa diante do preço da eletricidade.

Incentivo ao consumo consciente

Para Rosimeire Costa, presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa em Mato Grosso do Sul (Concen-MS), o anúncio reforça a necessidade de cautela no uso da eletricidade. “O governo sinaliza que é hora de sermos mais racionais no consumo. Estamos no período seco e dependemos das chuvas do final do ano para recuperar os reservatórios. Enquanto isso, ligar aparelhos de alto consumo, como ar-condicionado ou chuveiro elétrico, representa usar a energia mais cara do sistema, gerada principalmente por termelétricas”, explica.

A dirigente destaca ainda que pequenas mudanças no dia a dia podem evitar sustos na fatura, como reduzir o tempo de banho, juntar roupas antes de ligar a máquina de lavar ou optar por aparelhos mais eficientes, como ares-condicionados com tecnologia inverter.

Foto: Felipe Wilhelm

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