Afronta Dialeto Preto realiza segunda edição com foco no protagonismo feminino negro na música de MS

A segunda edição do Projeto Afronta Dialeto Preto em Campo Grande (MS) tem o objetivo de fortalecer o protagonismo de mulheres negras no cenário musical do estado. Financiada pelo Fundo Municipal de Investimentos Culturais (FMIC) por meio da Prefeitura de Campo grande, a ação é uma realização da Afronta Produções.

Ana Ostopenko – O projeto foi criado para oferecer formação, estrutura e visibilidade a artistas negras que atuam no rap e no samba. Durante o processo, serão promovidas oficinas, gravações de singles, ensaios fotográficos e uma gravação ao vivo em formato de session.

Foram selecionadas quatro artistas locais: Karla Coronel (cantora), Serena MC (MC), Perséfone MC (cantora e MC) e Angelique (cantora). Cada uma produzirá duas músicas autorais inéditas, totalizando oito novas composições.

A primeira atividade do projeto será a Oficina de Produção Musical, já no dia 23 de outubro, conduzida por profissionais da área. Em seguida, as artistas gravarão suas faixas no Virtus Studio, com produção musical de RCR, e participarão da Oficina de Performance de Palco, voltada ao aprimoramento de presença e expressividade durante apresentações.

Após as oficinas, será realizado um ensaio fotográfico para a criação das capas dos singles e um evento aberto ao público, onde ocorrerá a gravação da session com as oito músicas inéditas. A previsão é que o evento seja realizado em dezembro.

De acordo com a produtora Jéssica Cândido, a nova edição amplia o alcance da proposta inicial, “a primeira edição foi grandiosa, fizemos além do que estava planejado. O resultado foi surpreendente e valioso, pois trabalhar com rap é muito difícil no estado — e ainda mais com rap feminino, que praticamente não tem espaço. Criar esse espaço e expandir para o samba é fortalecer a cultura negra e indígena, mostrar a potência dessas mulheres e promover suas criações”, destacou.

O Projeto Afronta Dialeto Preto teve sua primeira edição realizada em 2024, por meio da Lei Paulo Gustavo, e se consolida como uma das principais iniciativas de valorização da arte negra feminina em Mato Grosso do Sul.

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