A disfonia é uma alteração na qualidade da voz e costuma ser a responsável por rouquidão persistente, cansaço ao falar ou falhas vocais. Embora comum em pessoas que usam muito a voz, como professores e cantores, pode afetar qualquer indivíduo e indicar problemas mais sérios. Os motivos da causa costumam ser abuso vocal, infecções respiratórias, refluxo gastroesofágico ou até tumores nas pregas vocais.
“Após o diagnóstico, o tratamento é, frequentemente, realizado com acompanhamento fonoaudiológico. Isso reforça a importância do apoio multiprofissional, especialmente de um otorrinolaringologista. A atenção à saúde vocal deve ser contínua, principalmente quando a rouquidão interfere na comunicação diária”, esclarece Caio Rodrigues, professor do curso de Fonoaudiologia da UNINASSAU Mossoró.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e garantir um tratamento adequado. “A rouquidão passageira surge após gripes ou uso intenso da voz, melhorando em poucos dias. Se durar mais de 15 dias, pode ser caracterizada disfonia. Rouquidão prolongada, falhas ao cantar ou falar, esforço para se comunicar ou cansaço vocal frequente indicam a necessidade de avaliação fonoaudiológica”, pontua.
Utilizar a voz de forma forçada pode causar nódulos vocais e agravar o problema. “Beber bastante água, evitar gritar ou falar em ambientes muito barulhentos, manter uma boa respiração, não pigarrear com frequência, não fumar e fazer pausas durante o uso intenso (como em aulas ou palestras) são cuidados eficazes”, afirma o especialista.
Entre os tratamentos, estão a reeducação vocal, repouso da voz e, em alguns casos, cirurgias. Manter uma boa respiração e procurar um fonoaudiólogo ao menor sinal de alteração são atitudes que ajudam a preservar a saúde da voz a longo prazo.
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