O projeto de extensão Uma nova história para a Educação Fiscal em MS, desenvolvido por professores da Escola de Administração e Negócios (Esan), conquistou o segundo lugar no Prêmio Nacional de Educação Fiscal. A cerimônia de premiação foi realizada na última terça-feira, 18, no Brasília Palace Hotel, em Brasília (DF), e reuniu autoridades, gestores públicos, finalistas e representantes das entidades parceiras. A iniciativa do Prêmio é da Associação Nacional de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite).
“Um reconhecimento tão importante, em nível nacional, mostra a força, a relevância e o cuidado com que esse trabalho foi construído. É ainda mais especial quando pensamos como o projeto contribui para a Educação Fiscal no nosso Estado, fortalecendo a cidadania por meio do diálogo com a sociedade. Parabenizo a equipe da Esan pela dedicação, pelo empenho e pela capacidade de transformar conhecimento em ação concreta”, disse a reitora Camila Ítavo, que esteve presente na cerimônia.
O projeto concorreu com mais de 400 inscritos. “Receber o segundo lugar, para nós, foi como se tivéssemos ganhado a Copa do Mundo, porque entre mais de 484 projetos, sermos selecionados entre os três finalistas e ganharmos o segundo lugar em uma categoria tão importante, tão difícil, foi assim algo fantástico”, falou o diretor da Esan, Cláudio Silva. “Vermos a nossa Universidade Federal sendo destacada no cenário nacional, numa cerimônia linda, com a presença de tantas autoridades do Brasil todo, do nosso estado de Mato Grosso do Sul, ver o nome do nosso Estado, da nossa cidade no telão, recebendo esse destaque e essa honraria, foi algo que nos emocionou muito. Estamos muito felizes e já fomos convidados pelo Governo do Estado para desenvolvermos uma próxima etapa desse projeto que promove a educação fiscal junto à criança da educação infantil até o jovem do ensino médio, transformando, assim, a cultura da educação fiscal em Mato Grosso do Sul”, completou.
O projeto concorreu na categoria Instituições e tem como objetivo capacitar professores da rede pública em cidadania fiscal, por meio de um curso oferecido na modalidade de educação a distância, por meio de 24 cartilhas ilustradas, inclusive bilíngues para comunidades indígenas. A iniciativa busca democratizar o acesso à informação sobre tributos, orçamento e controle social, com forte impacto estadual e ampla articulação institucional.
Segundo a coordenadora da ação, a professora Naira Kalb, o projeto representa um esforço coletivo para aproximar a sociedade do papel social dos tributos e da importância do controle social sobre os recursos públicos. “Por meio da formação de professores, produção de materiais didáticos e incentivo à reflexão crítica, a UFMS tem contribuído diretamente para a disseminação da cidadania fiscal em todo o Estado. A inscrição no prêmio foi, portanto, uma forma de compartilhar com o país os resultados desse trabalho interinstitucional, que reafirma o compromisso da Universidade pública com a educação e com o desenvolvimento social”, reforçou.
Entre os principais resultados alcançados estão a oferta de um curso de aperfeiçoamento em Educação Fiscal (180h), na modalidade EaD, voltado a 300 professores da rede pública, e a produção de 24 cartilhas didáticas digitais — materiais acessíveis e ilustrados, desenvolvidos para diferentes etapas de ensino e versões em línguas Terena e Guarani. Além disso, o projeto produziu vídeos, podcasts e materiais de apoio pedagógico.
“Assim, alcança-se escolas e comunidades nos 79 municípios sul-mato-grossenses. Esses resultados concretizam as metas estabelecidas no acordo e consolidam a UFMS como referência nacional em educação fiscal inclusiva e cidadã”, destaca Naira. A equipe envolvida no desenvolvimento das ações é multidisciplinar e envolve uma equipe formada por professores e técnicos-administrativos de diversos cursos e unidades da UFMS, como a Esan, Faculdade de Educação, Instituto de Matemática e os câmpus’’, acrescentou a coordenadora.
“O projeto está sendo concluído nesse ano de 2025, com grande êxito. Todos os materiais já foram produzidos, os professores foram capacitados e nós temos a alegria de termos muitos elogios e aprovação por parte das instituições financiadora, como a Secretaria de Fazenda do Estado, do Banco Mundial, Banco Mundial de Desenvolvimento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento Social e também estamos muito felizes porque inscrevemos o projeto em uma seleção nacional que houve agora em 2025, o Prêmio Nacional de Educação Fiscal”, finalizou o diretor.
Vanessa Amin






