Com o fim da campanha Setembro Vermelho, audiência pública destaca dados alarmantes e reforça a necessidade de prevenção e políticas de saúde eficazes
O deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS), médico cardiologista e vice-presidente da Frente Parlamentar da Medicina, promoveu nesta terça-feira (30) uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o aumento da incidência das doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo. O tema ganha relevância diante dos números: somente em 2022, o país registrou cerca de 400 mil mortes por problemas cardíacos e cerebrovasculares, o que equivale a 46 vidas perdidas a cada hora.
Em sua fala, Dr. Ovando ressaltou que a transição epidemiológica que ampliou a expectativa de vida do brasileiro — de 40 anos no início do século XX para cerca de 80 em 2025 — também trouxe maior prevalência de doenças crônicas. “As doenças cardiovasculares são hoje o principal desafio da saúde pública, porque não apenas matam, mas geram sequelas, internações recorrentes e altos custos para o sistema de saúde”, afirmou.
Ao longo do debate, especialistas reforçaram a gravidade do quadro. O diretor de Cardiologia da USP, Dr. Carlos Campos, destacou que apesar dos avanços em procedimentos minimamente invasivos, o acesso desigual a novas tecnologias no SUS ainda limita os resultados. O deputado federal Osmar Terra (PL-RS) chamou atenção para a necessidade de fortalecer a atenção básica e valorizar o papel do médico clínico como agente central na prevenção.
Dr. Luiz Ovando defendeu que a prevenção deve ser o eixo principal de uma política pública de saúde cardiovascular. “Precisamos de programas que incentivem hábitos saudáveis, diagnóstico precoce e acompanhamento médico constante. A vida não pode esperar, e cada dia sem ação significa mais brasileiros expostos ao risco”, reforçou.
Ao final, o parlamentar agradeceu o apoio das entidades Colabore com o Futuro, ADJ Diabetes Brasil e Unidos pelo Coração, destacando a importância do engajamento de diferentes setores da sociedade na luta contra as doenças cardiovasculares.
