Pastor é condenado a 6,8 anos de prisão

Um pastor, de 53 anos, foi condenado a 6 anos e 8 meses de reclusão em Dourados, em um caso de violação sexual mediante fraude e importunação sexual, praticado contra fiéis da igreja onde atuava. Ele alegava ‘cura espiritual’ para cometer os abusos.

O julgamento ocorreu nessa quarta-feira (3), pela 3ª Vara Criminal da comarca, após investigações da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher).

As investigações, que começaram em agosto de 2024, revelaram que o pastor se aproveitava de sua posição de líder religioso para abusar de membros da igreja. Assim, o réu utilizava momentos de oração para cometer os atos, inclusive em locais isolados.

Cura espiritual

Ainda conforme a polícia identificou na época, o pastor dizia que o abuso seria uma forma de “troca de energia vital para a cura espiritual”. Ele também manipulava as vítimas, ameaçando-as com “um grande castigo de Deus” caso não consentissem ou contassem a alguém.

Assim, a condenação considerou as quatro vítimas, totalizando uma pena de 6 anos e 8 meses de reclusão. O cumprimento ocorre em regime inicial semiaberto.

A decisão do juiz Pedro Henrique Freitas de Paula, da 3ª Vara Criminal de Dourados, reclassificou e somou as penas de cada crime. O concurso material de crimes (art. 69 do Código Penal) permitiu a cumulação das penas, resultando no total de 6 anos e 8 meses.

Entretanto, o juiz também determinou que o pastor inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto.

Quatro casos

No caso mais grave, o pastor se aproveitou da fragilidade da vítima, que tinha o desejo de engravidar. Assim, a convenceu a manter relações sexuais, alegando que seria uma forma de “troca de energia vital” para a sua cura. Ele usava a figura de autoridade religiosa e ameaças sobre um possível “grande castigo de Deus” para manipular a vítima a consentir os atos. Por este, a condenação foi de 2 anos e 8 meses de reclusão.

Depois deste, as denúncias apontaram ainda três casos de importunação sexual, sendo que o réu foi condenado a 1 ano e 4 meses de reclusão por cada um deles.

Em um deles, durante uma “oração particular” no estabelecimento comercial de uma das vítimas, o pastor se debruçou sobre ela, tentando tirar sua blusa. A vítima conseguiu impedi-lo. Ele tentou justificar seus atos dizendo que um “anjo” pedia que a relação sexual ocorresse.

Em outro, durante um retiro da igreja, o pastor abordou durante um momento de oração, encostando o nariz no dela e assoprando em sua boca, para em seguida dar um beijo tipo “selinho”.

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