Euronews Português – Pelo menos 235 palestinianos foram mortos, incluindo mulheres e crianças, e mais de 1000 ficaram feridos depois de Israel ter lançado extensos ataques aéreos em Gaza na madrugada desta terça-feira, informaram fontes hospitalares palestinianas.
O gabinete do primeiro-ministro israelita deu instruções ao exército para atacar o Hamas em toda a Faixa de Gaza. Os ataques foram conduzidos no norte de Gaza, na cidade de Gaza, em Deir al-Balah, em Khan Younis e em Rafah.
Segundo um comunicado, a ofensiva deve-se ao facto de o Hamas se ter recusado repetidamente a libertar reféns e de ter rejeitado as ofertas que lhe foram feitas pelo enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e pelos mediadores. Israel prometeu usar “força militar crescente”.
O Hamas condenou os últimos ataques em comunicado, responsabilizando o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu pela “escalada não provocada” contra os palestinianos.
“Consideramos o criminoso Netanyahu totalmente responsável pelas consequências da agressão traiçoeira a Gaza, aos civis indefesos e ao nosso povo palestiniano”, diz a declaração no Telegram.
O Hamas advertiu que os ataques violaram o cessar-fogo e puseram em perigo o destino dos reféns.
“Netanyahu e o seu governo extremista decidiram violar o acordo de cessar-fogo e expor os prisioneiros em Gaza a um destino desconhecido”, refere a declaração.
Os ataques ocorrem numa altura em que o cessar-fogo entre o Hamas e Israel se encontra num limbo. A primeira fase do acordo em três fases, mediado pelos EUA, Catar e Egito, teve início em meados de janeiro e terminou a 1 de março.
As negociações para a segunda fase ainda não foram definidas.
Na segunda-feira, Israel lançou ataques contra Gaza, o sul do Líbano e o sul da Síria, matando pelo menos dez pessoas, de acordo com as autoridades locais.
Os ataques aéreos foram os mais recentes dos frequentes e muitas vezes mortíferos ataques das forças israelitas durante os frágeis cessar-fogos em Gaza e no Líbano.




