Os migrantes internacionais do Mato Grosso do Sul vão contar com mais um espaço de capacitação para garantir uma vaga no mercado de trabalho regional. Na última quinta-feira (27) a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proec), lançou a Sala do Imigrante no prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/MS), durante a 6ª reunião extraordinária do Comitê Empresa-Escola (Cempe), realizada na Fiems. Atualmente o projeto conta com polos de atendimento em Campo Grande, Dourados, Nova Andradina, Cassilândia, Corumbá e Nioaque.
De acordo com a Pró-Reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Profa. Dra. Erika Kaneta Ferri, o Programa UEMS Acolhe (Acolhimento Linguístico, Humanitário e Educacional a Migrantes Internacionais) oferece uma série de ações de extensão para promover atendimento à comunidade migrante internacional no estado.
“Estamos nos unindo a importantes parceiros para atender a cada vez mais migrantes internacionais em situação de vulnerabilidade social. Por meio do UEMS Acolhe oferecemos aulas de Português, oficinas com atividades para acesso à educação, saúde, serviço social, orientações sobre educação continuada e técnica, além de edital exclusivo para ingresso de refugiados e imigrantes em vagas remanescentes e sobrevagas nos cursos de graduação. Agora temos a oportunidade de ampliar ainda mais essas possibilidades e juntos oferecer mais dignidade, respeito e valorização de todos”, afirmou.

O Coordenador do Programa UEMS Acolhe, prof. Dr. João Fábio Sanches Silva, comemorou a ampliação do atendimento. “Uma pauta concreta, parceiros comprometidos e comunidade imigrante envolvida na execução das ações. Temos certeza que a iniciativa é apenas o primeiro passo para políticas mais amplas de acesso ao mercado de trabalho, aos serviços públicos e à integração cultural e social”.
O reitor da UEMS, Laercio Carvalho, que faz parte do Conselho de Reitores do Cempe, parabenizou a credibilidade do trabalho desenvolvido pelos integrantes do programa de extensão UEMS Acolhe. A iniciativa é resultado de parceria entre a UEMS, Fiems, Comitê Empresa-Escola (Cempe), Sindicato das Indústrias de Frio, Carnes e Derivados do Estado (Sicadems) e o Ministério do Trabalho e Emprego.

UEMS Acolhe
Desde 2017, o programa já atendeu mais 2,5 mil imigrantes e refugiados de 35 nacionalidades, entre venezuelanos, haitianos, colombianos, cubanos, senegaleses, egípcios, entre outros. Atualmente há polos de atendimento em Campo Grande, Dourados, Nova Andradina, Cassilândia, Corumbá e Nioaque. Em 2024 mais de 200 alunos foram atendidos, com a participação de 98 colaboradores.
Reconhecimento
Em 2024, o UEMS Acolhe foi incluído ao programa de auxílio ao acesso à regularização migratória junto à Polícia Federal para solicitar ou renovar o Registro Nacional Migratório (RNM) e Receita Federal para solicitar o Cadastro de Pessoa Física (CPF), procedimentos importantes, haja vista os desafios linguístico e documental serem os maiores enfrentados por esse público na chegada ao Brasil. O programa foi reconhecido ainda com menção de boas práticas pelo TCU, no relatório nacional sobre o acompanhamento de ações e programas relacionados a pessoas refugiadas no Brasil. O relatório trouxe menções ao UEMS Acolhe, junto a outras entidades nacionais.




