Criança de 4 anos é baleada e morta 

Uma tragédia marcou a noite desta quinta-feira (12) no Morro da Fé, na Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. O pequeno Davi Delgado Magno, de apenas 4 anos, perdeu a vida ao ser atingido por disparos durante um episódio de violência com suposta ligação a um desentendimento entre seus pais.

Briga entre os pais culmina em tragédia

De acordo com depoimento de André Rosa Magno, pai da criança, ele e a mãe de Davi, Raquel Gomes Delgado, estavam separados há uma semana. Na noite do incidente, Raquel foi até a casa de André buscar o filho, o que teria provocado uma discussão entre os dois.

André relatou que, durante a briga, Raquel chamou criminosos da região para intervir. Com medo, ele pegou o filho e entrou no carro, tentando escapar. Em meio à fuga, André teria atropelado um dos criminosos ao sair rapidamente da garagem, o que provocou uma reação violenta: diversos tiros foram disparados contra o veículo, e um deles atingiu Davi na cabeça.

Raquel, por sua vez, contou à polícia que estava sem ver o filho desde segunda-feira (9) e que foi até a residência do ex-marido para tentar buscá-lo. Segundo seu relato, ao discutir com André, traficantes que estavam próximos ouviram a confusão e decidiram intervir por conta própria. Ela também afirmou possuir uma medida protetiva contra o ex-companheiro.

Resgate e investigação

Após perceber que o filho havia sido baleado, André dirigiu até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas, infelizmente, Davi não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Civil realizou a perícia no carro ainda no hospital, e tanto André quanto Raquel foram levados à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que agora conduz as investigações.

A violência que não dá trégua

O caso de Davi é mais um exemplo doloroso da crescente violência no Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, 25 crianças foram baleadas na Região Metropolitana do Rio em 2024; dessas, 21 ficaram feridas e 4 morreram.

Nesta mesma semana, a cidade vivenciou uma sequência de episódios trágicos relacionados à guerra urbana:

  • Na segunda-feira (9), as amigas Alessa e Evelyn foram baleadas ao sair para o trabalho. Alessa não sobreviveu.
  • Na terça-feira (10), a médica Gisele foi morta por uma bala perdida enquanto estava dentro de um hospital da Marinha.
  • Na quarta-feira (11), um turista foi baleado a caminho do Cristo Redentor, e um policial militar perdeu a vida durante uma tentativa de assalto.

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